Há mais ou menos 350 anos, conforme conta o blog dos Correios, o bandeirante Agostinho Barbalho foi nomeado o Correio-Mor do Brasil. Naquele tempo, escrevia-se com penas de aves, os envelopes eram fechados a lacre e você levava sua correspondência até o escritório dos correios de diligência. Vamos imaginar o que acontecia:
Chegando no escritório dos Correios, você entrava em uma fila enorme, gentilmente cedia seu lugar para 3 grávidas e 2 velhinhas e depois de meia hora de agradável conversa na fila de espera, chegava ao guichê.
No guichê, a moça oferecia alguns serviços extras, pesava a sua carta e calculava o preço da remessa.
Depois que você pagava, você e a moça do guichê iniciavam a escolha dos selos que seriam colados no envelope. Naquele tempo a filatelia era comum e você aproveitava para comprar alguns selos para seus filhos. Alguns selos se perdiam na hora de destacar e você gentilmente cedia a língua para umedecer a goma do verso, que tinha um gosto horrível. Por fim, a moça carimbava a imagem da coroa portuguesa em cada selo colado. Este procedimento durava, em média, 15 minutos.
Hoje em dia, existe o correio eletrônico, nosso tão popular e-mail, que a gente usa sem sair da cadeira. Mas e-mail só serve para trocar idéias. Em vez das penas, usamos impressoras. Mas continuamos a ter que ir ao correio enviar papéis.
Chegando no escritório dos Correios, você entra em uma fila enorme, é obrigado a ceder seu lugar para 2 grávidas e 8 velhinhas. Esse tempo você usa para acessar a internet com o seu celular e esculachar os correios no Facebook, Twitter e no Fourquare. Depois de meia hora de espera morrendo de calor e com um monte de gente reclamando, chega ao guichê.
No guichê, a moça oferece serviços extras, opções e outras coisas e, depois de examinar, medir e pesar a sua carta com o auxilio 1 computador, 1 fita métrica, 1 balança digital e um leitor de código de barras, calcula a raiz quadrada do cosseno da hipotenusa do envelope para chegar ao preço da remessa.
Depois que você paga, a moça do guichê inicia a escolha dos selos que serão colados no envelope. Os selos hoje em dia são super-modernos, com picote feito a laser e já vem pré-lambidos. Mesmo assim, ainda exigem cálculo mental rápido, perícia e delicadeza no manuseio, o que não era o caso da atendente de hoje, que teve que usar uma calculadora eletrônica para saber quantos selos deveria colar. Por fim, uma carimbada com o logo dos correios para cada selo colado. Portanto, acabou demorando os mesmo tempo de 350 anos atrás.
Mundo louco esse, né?
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