4.10.05

Sempre disse a mim mesmo e aos outros que sou um pacificista extremista. Faço o possível e o impossível para que a paz seja mantida. Por isso sempre vi com simpatia a idéia do desarmamento. No início das conversas, quando a TV começou a divulgar que haveria um plebiscito, eu instintivamente me posicionei do lado dos a favor do desarmamento, e nefelibata que sou logo imaginei isso a nível mundial: ninguém mais teria revólver, espingarda, bazuca, morteiro, míssil, canhão. Se conseguíssemos convencer o Bush disso, seria legal mesmo voltarmos a nos agredir com facas e tacapes. Mesmo nefelibata, não dá pra deixar de ser realista nesse ponto: o homem, primata que é, se amarra numa confusão, e não hesita em matar o próximo por causa dos mais fúteis desejos. A arma de fogo é uma consequência da evolução, antes delas outras armas sem pólvora ceifaram muitas vidas.

Agora começou a propaganda gratuita sobre o plebiscito. Estou tentando achar um adjetivo contundente para o programa do grupo em prol do desarmamento. Patético é pouco. Tudo é tão completamente artificial, estou perplexo. O uso de clichês que nós estamos cansados de ver nas camapanhas eleitorais dos picaretas que se revesam na política brasileira, foi uma péssima idéia.

Quem foi o infeliz que bolou a utilização de artistas globais balançando os cartazinhos de "SIM" e "2" como se estivessem vendendo havaianas? Esses programas se parecem muito com as criações de Duda Mendonça para a camapanha presidencial do Lula! Ninguém mais consegue pensar em algo diferente, mais inteligente, que puxe pelo bom senso e não pela ignorância alheia?...

Com essa tremenda incompetência em termos de marketing, eles conseguiram perder pelo menos um eleitor a favor do desarmamento: eu.