15.1.10

Ilha Grande


Conseguir uma vaga em uma pousada foi complicado. Gastei horas ligando, ninguém sabia me informar se haveria vaga para o dia 4/1. Todas as pousadas, invariavelmente, me pediam para ligar mais tarde porque o fulano que anota as reservas tinha saído. A falta de profissionalismo dos pessoal de turismo e hospedagem é notória até por telefone.

Na virada do ano, um desmoronamento soterrou casas, uma pousada chique e matou pessoas na praia do Bananal. A mídia aumentou a catástrofe, misturou a fatalidade ocorrida na ilha com a tragédia anunciada ocorrida simultaneamente num morro de Angra dos Reis, e vários boatos terminaram por espantar os turistas. A Ilha Grande, que tem mais de 100 praias, ficou vazia. A população local, que depende do turismo, teve um enorme prejuízo.

Mesmo com o reduzido fluxo de turistas, sofri com o mau cheiro da poluição humana nas ruas da vila; com os atrasos intermináveis nos embarques e desembarques do catamarã e nos barcos de passeio; com as imperícias dos pilotos e incompetência dos tripulantes das embarcações e funcionários da prefeitura. No cais, uma tremenda barafunda de gringos, barqueiros, lixo, bagagens, cachorros vadios, mantimentos e quase nenhuma organização.

Mas nada disso quebra o encanto do lugar. As pessoas que deixaram de ir visitar a ilha por causa do noticiário da TV perderam a chance de curtir dias ensolarados maravilhosos, águas claras e quentes, um povo hospitaleiro e simpático, de alma e sotaque cariocas.

Na minha galeria do Picasa estão várias fotos da minha viagem. E estou publicando no site www.gigapan.org as montagens panorâmicas que fiz das praias que visitei. Elas são a minha colaboração para que a Ilha Grande se recupere.

Lopes Mendes de lado
Lopes Mendes de frente
Abraãozinho
Freguesia de Santana
Praia Preta
Praia do Abraão
Vila do Abraão

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