Estrelas brilham gerações, milênio, eras a fio, e chega um dia que se extinguem. Aí, dependendo das conjunções astrais, sei lá, não sou astrônomo; algumas explodem - são as supernovas - engolem tudo em volta numa expansão que, cataclísmica e efêmera, se extingue rapidamente, ainda em termos astronômicos .
Algumas boas idéias que aparecem na internet e na informática em geral funcionam de forma análoga a uma estrela, só que com a dimensão de tempo reduzida para padrões humanos. O napster foi mais ou menos assim. Enquanto ele era uma estrela e só iluminava meia dúzia de planetas (a seleta galera que o utilizava) tudo corria muito bem. De repente ele estourou, virou mania mundial, e graças a esta over-exposição, fechou, ou apagou.
A última analogia que farei à astronomia é o chavão que usamos para o artista que passa rápido pela fama e depois some, ou morre, dizemos que o dito cujo teve uma carreira meteórica. Também é válido usar meteoros para simbolizar algumas coisas que apareceram e sumiram na internet, como o Facebook e o ICQ. Apareceram de repente, brilharam para uma multidão enquanto duraram. Um dia todos tinham, os mais chiques colocavam o numero do ICQ no cartão pessoal, e em outro dia ninguém mais sabia o que era.
Então, qual é o próximo evento celeste? Twitter. O que será dele, agora que está sendo citado em todos os jornais, revistas e TV? Antes usado por um nicho de nerds, agora caiu na boca do povo. Como ele funcionará dentro do já tão intricado cyberespaço, já lotado de orcutes e iutubes? Twitter já é uma estrela. Antes da olimpíada, quando a terra sacudiu na China, a informação do terremoto chegou pelo twitter horas antes de aparecer nos jornais da TV. Como vários outros produtos da tecnologia digital, uma brincadeira para adolescentes ganhou corpo e forças de uma rede social poderosa e eficiente ao máximo. Não fiz nenhum estudo sobre a história do Twitter, mas posso arriscar, sem medo de errar, que na cabeça de seu criador, nunca passou de um projeto despretensioso. Talvez ele (ou ela, nem sei quem é o criador) nem tivesse noção da genialidade da sua ferramenta que vai fazer muitos Larry Pages se morderem de inveja.
Mas eu temo pela sua over-exposição. Os servidores já estão engasgando, os webdesigners já tiveram que inventar uma página bonitinha para pedir desculpas pelos frequentes engarrafamentos de informação. Vamos ver o que acontece quando a moda passar. Enquanto isso
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